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Cine Regina

por Lúcio Emílio - lucio@bdonline.com.br


Este cinema, encaixado nas duas lojas.
Uma de tecidos, Cine Regina, uma barbearia.
Este cinema
Flutuando com seu branco letreiro,
Pisca na madrugada,
No abismo,
Sempre piscando.
Na grade, círculos verdes tecem quadrados.
Na verdade
A entrada é franca.
Entrada 'tá fechada, vidro fosco.
O vidro fosco abraça as grades.
O Cine se esconde em frágeis andares
De um prédio de ruivas nas janelas.
Quadrados minúsculos seguem feito uma borboleta

Vista de vem perto.
Sentados no meio-fio
Garotos estão vendendo cigarros de menta.
Quero entrelaçar tal cenário
Quero congelá-lo numa foto
Quero esfregá-lo nos narizes metálicos
Da metrópole ruidosa e surda.

(*) publicado na Revista CULT, maio/2004, Ano VII
cult@editora17.com.br

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