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A Saga da Estrada-de-Ferro Paracatu (EFP)

Entrevista com um dos últimos ferroviários de Bom Despacho
Mapas e Imagens
Fotos do Museu Ferroviário em Bom Despacho
Texto sobre a EFP de 1987
A Locomotiva 325 (texto e fotos)
A EFP e Consolidação do Município de Bom Despacho - 1
A EFP e Consolidação do Município de Bom Despacho - 2
Praça da Estação

As estações da EFP em Pitangui/MG e Leandro Ferreira/MG
As estações da EFP em Bom Despacho/MG
As estações da EFP em Dores do Indaiá/MG
As estações da EFP em Serra da Saudade/MG

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EFP e a Consolidação do Município (1a parte)


A primeira Estação Ferroviária de Bom Despacho foi inaugurada em 1921, com a chegada da Estrada de Ferro Paracatu ao município. Sendo assim, torna-se necessário que se faça um breve relato histórico desta ferrovia, para uma melhor compreensão do assunto abordado.

A Estrada de Ferro Paracatu seria uma substituição das estradas de ferro que ligariam Curvelo à Serra das Araras e de Pitangui a Patos. Esta estrada estava prevista para cobrir o trecho que, partindo de Martinho Campos, posteriormente denominada Velho da Taipa (Pitangui), Bom Despacho, Dores do Indaiá, Carmo do Paranaíba, Patos, até atingir Alegre no município de Paracatu, para então finalizar na Serra das Araras na divisa de Minas com Goiás. A E. F. Paracatu tinha o objetivo de desenvolver uma vasta região do estado que ainda encontrava-se segregada dos centros comerciais. Acreditava-se que a estrada se sustentaria através do escoamento da produção da região servida por ela.

Segundo relatórios feitos pelo Governo da Província de Minas Gerais, denominados “Mensagens dos Presidentes das Províncias”, a concessão desta estrada foi feita através de contrato datado de 31 de janeiro de 1912, firmado entre o governo e a Companhia Norte de Minas, empresa encarregada de executar as obras de construção da ferrovia. Entretanto, as partes entraram em litígio e em 1920, o Estado declarou a caducidade da concessão, anulando o contrato. Para resolver a questão, foi firmado um acordo no qual o Estado adquiriu todo o patrimônio relativo à Estrada de Ferro Paracatu, pagando à Companhia Norte de Minas um valor baseado em avaliação feita na época. Assim, no início da década de vinte, todas as obras que estavam paralisadas foram retomadas, trazendo para a região crescimento e progresso. Para auxiliar na construção da ferrovia o governo incentivou a formação de colônias formadas por imigrantes, principalmente alemães. Na região de Bom Despacho foram criadas nesta época, as colônias de Álvaro da Silveira e David Campista.

Em 1921, os trilhos da Estrada de Ferro Paracatu chegam à Vila de Bom Despacho e em 21 de outubro deste mesmo ano, é inaugurada a Estação Ferroviária local. A década de vinte do século passado, não só foi testemunha, mas também agente do processo de desenvolvimento experimentado pela localidade. Nesta época são construídos o Escritório Central da Estrada de Ferro Paracatu, galpões para alojamento de funcionários, armazéns, oficinas de reparo das locomotivas além da Vila Operária e de várias outras edificações que até hoje são referências urbanas importantes para o município. Dentre elas, temos também, a Escola Coronel Praxedes, a Santa Casa e o Hotel Glória.
A evolução urbana, social e política do município de Bom Despacho estão intimamente ligadas à chegada das locomotivas ao município, nos trilhos da Estrada de Ferro Paracatu, na década de 20.


Mais informações:
Mapa da Cidade
Turismo & Lazer

Fonte:
Esse texto integra o Processo de Tombamento da Maria Fumaça e da Praça da Estação, feito em abril de 2003, por Carolina Costa Moreira. A bibliografia usada partiu de relatos orais, textos microfilmados na Universidade de Chicago e jornais locais da época.

CAROLINA COSTA MOREIRA
ARQUITETA E URBANISTA
e-mail: costamind@hotmail.com

Foto


Antiga Estação Ferroviária de Bom Despacho, locomotiva a vapor e caixa d’água.
Acervo: Wilson Fortunato


 

 

 

 

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